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Especial

As melhores no Brasil em 2022 – Julia “Jelly” Iris (9)

Tudo pode mudar em um ano. A frase clichê descreve o 2022 de Jelly

Um dos clichês mais comuns de postagens em redes sociais ao fim de cada ano é a máxima: “muita coisa pode mudar em 365 dias”. Pois é, mas algo só é clichê exatamente pela probabilidade alta de se repetir inúmeras vezes. Entretanto, mudanças podem ser negativas ou positivas. Para o caso de Julia “Jelly” Iris, a vida deu uma volta tremenda, mas de uma forma incrível.

Apesar de ter tido contato com o VALORANT já em 2020, no lançamento do game, foi apenas em 2022 que a ex-jogadora da B4 Esports percebeu ter talento para tentar jogar profissionalmente. E o ano já começou com Jelly defendendo a LUSA Red e se mostrando para o cenário, o que ocasionou em uma evolução gigantesca durante 2022. Por isso, Jelly é o 9º lugar no prêmio 10 Melhores do Ano de 2022 pelo VALORANT Zone.

O início do ano na LUSA

O ano competitivo da jovem de 17 anos começou na LUSA Red e com um bom resultado no SBT All Stars de VALORANT. A equipe de Jelly teve uma bela performance durante o torneio, parada apenas pela ODDIK Bright, que também já contava com um time forte e entrosado. O terceiro lugar da LUSA no torneio já começava a apontar os holofotes para Jelly.

Jelly na apresentação da LUSA Red no Estádio do Canindé (Reprodução/LUSA)

Já no mês seguinte, a atleta foi uma das responsáveis em conseguir a classificação da Portuguesa para o evento principal do Gaming Culture – Girl Power. Entretanto, nas grandes ligas, a LUSA foi derrotada logo de cara para a TBK. Ainda assim, a performance individual da atleta não passou batida pelos scouts dos grandes times.

A aposta da B4 Angels

No Tier 1 do VALORANT feminino, as equipes assistiam uma dominância tranquila da Liquid e algo precisava ser feito. Assim, as equipes se movimentaram no fim do primeiro semestre para tentar equilibrar o jogo. Neste contexto, a B4 Angels trouxe Jelly e Krysme, que se destacaram no Tier 2 no ano para a disputa do Game Changers Series 1.

A estreia da nova line aconteceu no Protocolo Gêneses #3 e, sem tanto entrosamento, a B4 caiu nas quartas de final para a Stars Horizon. Já no Protoclo Gêneses #4, último torneio antes do Game Changers Series 1, o time de Jelly teve uma performance melhor e chegou até as semifinais, além de ter garantido vaga no campeonato principal.

Em um dos principais torneios da temporada, a nova line-up não decepcionou e conseguiu uma bela campanha, que levou a B4 Angels para a final da chave superior, contra a Liquid. Apesar da derrota para a Cavalaria e, em sequência, para a Gamelanders Purple, Jelly justificou sua contratação.

No Game Changers Series 2, a B4 novamente começou bem, mas logo de cara não aproveitou a chance de revanche contra a Liquid e foi empurrada para a chave inferior. Na chave inferior, Jelly e suas companheiras limparam os adversários para, mais uma vez, enfrentar a Cavalaria na grande final. Entretanto, não foi dessa vez. Vice-campeonato para a jogadora de 17 anos.

Os números de Jelly em seu primeiro ano

Dentre as diversas funções do VALORANT, Jelly assume o papel de Iniciadora. Ou seja, é responsabilidade dela preparar o terreno para que seus companheiros tenham a vantagem quando as trocações começarem no mapa. Durante 2022, a atleta variou entre seis agentes, mas com três entre os seus favoritos.

Em seu ano de estreia, Jelly colocou números que causam inveja a diversos atletas já gabaritados. Como Iniciadora, o agente preferido da jovem em 2022 foi KAY/O, com 44 aparições e um rating de 1.12. Contudo, Jelly também optou por Skye e Breach em 20 oportunidades cada durante 2022. Com a primeira, o rating foi de 1.12, enquanto com o segundo agente, os status da jogadora foram de 1.11.

Os números de Jelly (Arte/VALORANT Zone)

Paixão por games e FPS

Ainda que o VALORANT seja um jogo recente (lançado em 2020), Jelly conta que sempre teve uma conexão com games. Aliás, foi o irmão dela que apresentou este mundo para ela, mesmo que tivessem que dividir o computador de casa.

O início da jornada “gamer” de Jelly foi com Team Fortress 2. Além disso, como é comum para muitos no Brasil, a história dela com FPS também contou com passagens por Counter-Strike: “Eu jogava muito Team Fortress 2, que era do genêro de FPS e foi um jogo bem grande na minha infância. Depois disso joguei muito CS:GO e foi de lá que peguei meu gosto por competir”, comenta.

Quando questionada se foi nessa época que surgiu o apelido de Jelly e qual seria o motivo por trás do nick, a resposta surpreende: “Olha.. realmente não sei da onde veio. Só sei que gosto de gelatinas!”.

Sou boa o suficiente?

Olhar, neste momento, para 9ª melhor jogadora de VALORANT do ano pode deixar a impressão que a jornada foi fácil e sem dúvidas. Contudo, Jelly conta que se questionou por muito tempo e chegou a achar que não tinha o que era preciso, até que a LUSA acreditou nela.

“Foi um processo com muitas perguntas e sinceramente não acreditava muito que poderia dar certo mas continuei tentando, percebi que tinha muito a evoluir ainda quando tive minha primeira conquista grande que foi entrar na LUSA como player profissional e jogar com meninas muito mais experientes”, conta.

Aliás, ter a confiança de uma organização no seu talento foi o que proporcionou os primeiros passos numa carreira improvável até então:

“Acho que saber que tinha muito potencial me deu um gás enorme pra dar tudo de mim mesma dentro e fora do jogo”.

Jornada cansativa, mas recompensadora

Divulgação/B4

Após performances avassaladoras pela LUSA, Jelly chamou a atenção da B4, que queria montar um time para competir contra a Liquid. A jogadora conta que toda esta jornada é cansativa, mas que faz valer a pena viver do sonho.

“Foi um processo longo, pode parecer que não já que comecei a jogar esse ano, o processo é desgastante mas vale muito a pena, viver do jogo e sonhar com o jogo com a garra de melhorar todo dia com certeza me fez a player quem sou agora”, analisa.

Além do cenário feminino de VALORANT ser recente, a própria Jelly é muito nova, com apenas 17 anos. Logo, ainda que contasse com um baita talento, a jogadora ainda tinha muito o que aprender e cita a importância de Taynah “tayhuhu” Yukimi, companheira de B4 Angels, no processo.

“Também tive muita ajuda de várias pessoas, mas a principal pessoa que me ajudou nessa caminhada foi a Tayhuhu, minha teammate. Passou dias e meses comigo me mostrando o melhor jeito de jogar o jogo, então também tenho muito a agradecer a ela”.

Ano marcante

Com o investimento da Riot Games no cenário feminino em 2022, o competitivo recebeu diversos campeonatos marcantes. Entretanto, para Jelly, que esteve presente em vários dos torneios, a resposta de qual momento mais se destaca foi fácil.

“O que mais me marcou foi a minha ida para o estúdio da Riot no primeiro Game Changers presencial, me bateu a realização que eu posso falar pra mim mesma que estou conseguindo, de pouquinho em pouquinho vou colhendo os frutos do meu trabalho”, fala Jelly sobre seu torneio de estreia pela B4. No campeonato, a equipe ficou em terceiro lugar com uma bela jornada na chave superior.

Além da realização profissional, a jornada de Jelly em 2022 também deixou espaço para momentos de descontração com suas jogadoras. Aliás, na era do TikTok, cantoria e dancinha não faltaram. “Nas idas para o estúdio com meu time, sempre estávamos cantando alguma coisa. Rap do minecraft, acorda pedrinho, tudo que você possa imaginar a gente deve ter cantado, era uma vibe muito boa”, diz uma sorridente Jelly.

Para coroar o seu primeiro ano no profissional do VALORANT, a jogadora ainda recebeu uma indicação para o Prêmio eSports Brasil. No evento, ela concorreu na categoria “Atleta Revelação Feminina”.

Apostas para o VALORANT em 2023

Após um ano competitivo forte para o VALORANT em 2022, a expectativa de Jelly é que existam mais torneios mundiais para a modalidade durante 2023. E para a jogadora, o importante é que o Brasil se saia bem, mesmo que sem a sua presença.

“Tenho expectativas muito altas para esse novo ano. Provavelmente teremos mais campeonatos mundiais e possivelmente mais vagas. Quero muito ver o brasil no topo do mundial esse ano, seja comigo ou sem! Quero muito ver novas organizações apoiando esse sonho também”, analisa.

Para finalizar, Jelly também aponta alguns nomes que podem pintar no próximo top 10 do VALORANT Zone: “Tenho certeza que um nome que vai fazer 2023 tremer vai ser a Nicolas “SrN” Niederauer, muito baluda e nova então pode ser moldada em uma player ótima! A Jenniffer também, fez 16 anos agora e tem muita vontade pra competir, também tem uma mira sinistra. fiquem de olho nelas!”.

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