Game Changers S2: PROJECT Z quer superar problemas para fazer história

A equipe mais sonhadora deste Game Changers Brazil Series 2 é o PROJECT Z. Com apenas uma grande estrela em seu elenco e jogadorxs que passaram por situações caóticas durante a temporada. Agora, o quinteto terá a oportunidade de disputar uma competição presencial nos estúdios da Riot Games.

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A PROJECT Z jogou dois dos três classificatórios para o Series 2 e precisou torcer demais para garantir sua vaga. Ainda, sim, garantiu o seed #6 e chegará com muita vontade para surpreender, assim como no qualifier 2.

Como chega a PROJECT Z?

Para o Game Changers Brazil Series 2 a PROJECT Z chega com a seguinte escalação:

Júlia “fiufiu” Félix
Kerolayne “Koll” Reis
Kauan “nonee” Gomes
Pamella “pan” Shibuya
Vitória “vii” Rabelo

Lucas “impi” Magalhães (coach)
Luiz “Martins” Martins (coach)

Suado, mas a vaga veio

A PROJECT Z sofreu, mas conseguiu a vaga para o presencial. A equipe ainda não existia no primeiro classificatório, que aconteceu no final de junho. A equipe foi criada apenas em julho, antes do qualifier 2, por fiufiu e Koll.

Mesmo com pouco tempo juntas e impi entrando poucos minutos antes da primeira partida, o resultado veio. Primeiro, uma tranquila vitória sobre a Rocket Angels por 2 a 0. Na sequência, eliminou a mustang2023, de Leticia “let” Dias (ex-LOUD) e Tamires “Badgal” Araujo (ex-MIBR), também por 2 a 0. A equipe caiu apenas na semifinal para a 00 Nation (atual Faky Netty) e garantiu 220 pontos.

Sobre o resultado positivo no qualifier, o treinador impi comentou sobre o impressionante resultado com o pouco tempo de trabalho: “Energia, vontade, confiança e alguns pauses ali para ajustar. Honestamente, tecnicamente hoje o cenário inclusivo está muito forte. As minas trocam muito tiro, eu acho que o que mais pega mesmo é o fator psicológico e um timing ou outro que precisa ser ajustado“.

No terceiro qualifier a equipe chegou com duas adições e com destaque para Pamella “pan” Shibuya. Lenda no Counter-Strike e no VALORANT desde o início do ano, prometia elevar o nível da equipe. Porém, a equipe caiu nas oitavas de final e ficou dependendo de outros resultados para garantir sua vaga.

Após a derrota para a looking for org 2.0, a equipe ficou apreensiva, como revelou impi: “pan começou chorar, porque perdemos. Eu lembro que disse ‘calma pan perdemos juntos e quando ganhamos, ganhamos juntos’. Ela literalmente estava chorando, porque queria que todos nós tivéssemos a experiência de viver a LAN”.

“Ela se sentiu culpada, mesmo não tendo nenhuma culpa. Aquilo ali só reafirmou o que eu sempre imaginei dela. A Pan é uma líder exemplar! Enquanto uns fogem da responsabilidade, ela mal entrou no time e se colocou toda pressão. Mas Deus abençoou e mesmo com a derrota nos classificamos“, completou.

Ainda existem chances de chegar ao mundial?

Infelizmente o máximo que a equipe pode alcançar no circuito de pontos para o Game Changers Championship é 80. Mas, como a Team Liquid irá chegar no mínimo a 85 pontos, a PROJECT Z não consegue disputar o mundial.

nonee tem tudo para ser destaque

Uma das grandes esperanças da PROJECT Z para a competição é nonee. Um duelista clássico, que surge aos montes no Brasil promete assombrar as equipes adversárias. Sabe abusar das habilidades da Jett para conseguir boas eliminações, principalmente em início de round, garantindo vantagem.

nonee ainda deve aproveitar esta oportunidade para calar os críticos que fizeram falsas acusações após a classificação da PROJECT Z. Algumas pessoas do cenário acusaram nonee de mentir sobre seu gênero. A acusação caiu como uma bomba dentro do time em um momento de felicidade.

“Foi difícil demais, a Fiu começou gaguejar, ter ataque de pânico. A vi chorava do nada em treino. Tive que alguns treinos, treinar no lugar delas. Para que elas se acalmassem. Mas foi todo um processo de conversar, de trocar ideia, de entender e acolher“, contou impi.

Agora, nonee comprovou sua não-binaridade e poderá competir sem a desconfiança de pessoas mal intencionadas. Na última terça-feira (19), o treinador impi revelou que o jogador deu entrada em um processo para oficializar seu gênero.

Como a PROJECT Z chega para o Game Changers?

Apesar da empolgação para o primeiro campeonato presencial, os jogadorxs da PROJECT Z tiveram bastante dificuldade para se preparar para o torneio. impi explicou que o problema com nonee atrapalhou a rotina de treinamentos. Logo na sequência, pan teve problemas com seu computador. Apesar disso, o treinador segue confiante.

“Nós tivemos um total de 6 dias de treino e sendo bem sincero, não subestimem. Pois encaixou muito. Eu posso dizer com toda certeza, evoluímos em 6 dias o que a grande maioria demora meses. Então, tenham cuidado com a gente (risos)“, comentou.

Por fim, impi tira o peso da equipe para a competição. O objetivo da equipe é entrar no servidor e apresentar o seu melhor. “Estamos com nenhuma expectativa. Só queremos chegar na lan e se divertir muito. Acho que esse é o meta“, disse.

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