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Especial

As melhores no Brasil em 2023 – Natália “daiki” Vilela (6)

Em um ano espetacular, daiki levou a Team Liquid ao topo, mais uma vez

Talentosa e ambiciosa, Natália “daiki” Vilela liderou a Team Liquid até o topo do Game Changers Champions 2023. Se alguns achavam que o time não teria um ano tão bom quanto 2022, a jovem de 19 anos provou o contrário. Em um ano repleto de desafios, superações e conquistas, daiki mostrou mais uma vez porque é uma das melhores no Brasil.

Nesta temporada, apesar de ter levantado troféus, daiki mostrou uma lado com maior responsabilidade para encaixar as três novas peças ao elenco, Vitoria “bizerra” Vieira, que veio da TBK, e Isabeli “isaa” Esser e Letícia “joojina” Paiva, que vieram da Gamelanders. No ano, daiki mostrou como o time encaixou e como soube liderar uma equipe nova, sendo assim, daiki aparece em 6º lugar na lista de Melhores Jogadoras de 2023 pelo VALORANT Zone.

Números em 2023

Em 2023, daiki teve uma grande atuação, mas além dos números, teve um papel importante para integrar bizerra, isaa e joojina ao elenco. Dentro e fora do jogo daiki tem uma grande responsabilidade, além de ter grandes performances, que fizeram a diferença em vários jogos para a Liquid, a capitã também toma as decisões dentro do jogo.

A capitã, que é masterizada em Skye e Sova, demonstrou seu talento durante o mundial. Elogiada por muitos, daiki foi decisiva em vários momentos cruciais em partidas importantes. Neste ano, a jogadora teve 201.3 de ACS, 1.15 de KD, 192.1 de ADR e um Kast de 78.10%.

Além do impacto dentro do jogo, daiki também tem muita responsabilidade fora dele. Apesar de jovem, a atleta já entende como é importante o seu papel diante do público, até para jovens que um dia sonham em serem profissionais de esports.

“Ainda é meio difícil pra mim lidar com esse fato de ser uma pessoa influente e tudo mais, o tempo passou muito rápido e em algumas situações ainda me vejo como uma menina de 16 anos lutando dia após dia pra ser melhor. Definitivamente é algo que me motiva e em quem eu penso quando a situação fica meio apertada.”

O começo

Daiki nasceu em Hortolândia, município no interior do estado de São Paulo, que fica há 110 km da capital e foi lá que tudo começou. O contato com os esports começou cedo, graças aos seus irmãos mais velhos. O Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) foi a mudança que levou daiki até um dos maiores jogadores de esports do Brasil, Gabriel “FalleN” Toledo.

O AWPer da FURIA e bicampeão de Major no CS, convidou daiki para participar da Kids Academy, uma série no YouTube com dicas do jogador para uma equipe formada por jovens. Em entrevista passada, a jogadora contou que utilizou muito do aprendizado no VALORANT.

Cerca de 90% das coisas que o FalleN falava nas aulas, eu mantive. Óbvio, tem umas coisas que são especificas do CS, como smokes e flash bangs, mas os fundamentos de FPS serve para qualquer jogo e eu tento sempre lembrar de cada palavra dita”.

Daiki chegou a atuar pela Number Six no CS:GO, mas logo também passou a jogar torneios de VALORANT, também sob a mesma equipe. No fim de 2020, a atleta já era apontada como uma revelação do cenário, mas foi em 2021 que daiki iniciou seu trajeto profissional no VALORANT. “Muitas pessoas me incentivavam antes disso, mas eu não consegui enxergar tudo aquilo que me falavam”, explicou ela na época.

Foto: Divulgação/Gamelanders

De joia para líder

Desde o início de sua carreira no VALORANT, daiki teve inúmeras conquistas e neste ano, conquistou o hexacampeonato ao vencer mais duas edições do Game Changers Brasil, sendo que as duas primeiras foram edições do Protocolo Gêneses e Evolução, até o torneio mudar de nome.

Antes de se tornar uma das maiores vencedoras no Brasil, daiki teve diversos desafios e aprendizagens ao longo do caminho. Com vitórias e derrotas desde a Gamelanders até a Team Liquid, o ano de 2023 foi um dos mais desafiadores para a capitã e a equipe.

Um time que conquistou tudo em 2022, todas as seletivas e torneios principais do cenário inclusivo, ficou no quase no mundial. A equipe ficou em 3º lugar non Game Changers Championship após perder para a Shopify Rebellion. Contudo, daiki mostrou que era apenas o início e foi a passagem da joia revelação de 2020, para uma líder nata.

O ano de 2023 começou com a chegada de bizerra, isaa e joojina. O primeiro semestre da equipe não teve margem para erros. O time venceu as três seletivas, a primeira contra a ODDIK Bright, a segunda e terceira edição contra Jelly e Amigas, que logo virou o time inclusivo da LOUD.

Cesar Galeão/Riot Games

No Game Changers Series 1 Brasil 2023, a Liquid perdeu apenas um mapa, que foi justamente para a LOUD, na final da chave superior. A cavalaria venceu por 2 a 1 (10-13, 13-10 e 14-12). O placar apertado não apareceu na grande final entre as duas equipes. Sem erros, daiki levou o time à glória mais uma vez.

Na Gamers Club Elite Cup 2023, que reuniu os melhores times inclusivos e os melhores times do VALORANT Challengers Brasil, a Liquid caiu em 12º e o foco voltou para as competições do cenário inclusivo.

Para o segundo semestre com mais três classificatórios e o Game Changers Series 2 Brasil, que definiria a vaga para o mundial, a equipe realizou um bootcamp em Utrecht, na Alienware Training Facility, uma das casas da organização.

De volta ao Brasil, a equipe não teve o mesmo resultado esperado. Com classificatórios mais disputados, a Liquid perdeu para a LOUD por 3 a 1 na primeira edição, em seguida o time sequer chegou na final, sendo eliminada em 8º pela 00Nation. Na última etapa, a equipe caiu em 4º. Com a vaga no evento principal, a Liquid ficou diante de uma situação que, diante do público, nunca tinha acontecido antes.

Junto da comissão técnica e de suas colegas, daiki mostrou tranquilidade para o torneio presencial, já que o time tinha experiência e um plano. No Game Changers S2, diante da Legacy, ex-00Nation e Fake Natty, mesma line-up que eliminou a cavalaria nos dois últimos classificatórios, a Liquid mostrou resiliência. Na grande final, o time também se vingou da LOUD pela derrota na decisão da primeira seletiva. Definido, Liquid iria representar o Brasil mais uma vez no mundial.

Com altos e baixos, daiki acredita que 2023 foi melhor que 2022 para a Team Liquid, apesar de todos os desafios enfrentados pelo time.

“Na minha percepção foi bem melhor. Apesar de termos perdido algumas qualificatórias este ano, coisa que não aconteceu ano passado, pra mim foi suficiente para ver o amadurecimento das meninas e a disciplina de dar um passo para trás para dar dois para frente, conseguimos lidar muito bem com a situação. Também não podemos esquecer que os outros times também estão em constante evolução, vendo LOUD e LEGACY esse ano, acho que não venceríamos contra esses elencos com a Liquid 2022.”

Capítulo final de 2023

O Game Changers Championship 2023 seria mais do que especial para o time representante do Brasil. Apenas a segunda edição do mundial e a equipe iria jogar em casa, diante da torcida. Com a Liquid, daiki pôde realizar esse desejo e ouvir os gritos de incentivo dos torcedores, além de jogar na frente da família.

Uma história cheia de emoção e superação, começou de um jeito que nenhum brasileiro esperava, ou gostaria. A Team Liquid estreou contra a G2 Gozen, que era atual campeã mundial. Em um jogo acirrado, a cavalaria viu a Sunset ir para as europeias por detalhes. Na Lotus, o time não teve o mesmo desempenho e saiu com um 2 a 0.

A partir dali, era tudo ou nada em todos os jogos para a cavalaria e daiki viveu uma situação diferente do que foi em 2022, quando apenas caíram na final da chave superior. Com a parede nas costas, o time só tinha um caminho: subir.

Adela Sznajder/Riot Games

Sem nervosismo e com um foco, a Liquid enfrentou a Evil Geniuses e conseguiu mostrar evolução. Na segunda rodada, contra a BBL Queens, outra vitória com direito a prorrogação na Haven (15-13). Na semifinal da chave inferior, contra a Team SMG, a cavalaria saiu atrás no placar, mas a resiliência e experiência foi o diferencial. O time se recuperou na Bind (13-7) e Ascent (13-10) para conseguir a tão sonhada revanche contra a G2 Gozen.

Na final da chave dos perdedores, Liquid teve uma tarefa que poderia ser difícil, contra o time carrasco que perdeu duas vezes (na estreia do torneio e em 2022), mas naquele momento tampouco importava o histórico do confronto, já que daiki sabia que a história poderia ser diferente e foi.

Em um jogo impecável, a cavalaria não deu chances para a G2 Gozen, que sentiu a mudança na postura das brasileiras. Com um 13 a 9 e 13 a 7, a Liquid venceu e superou sua marca de 2022, dessa vez, o time iria lutar pelo topo do mundo.

A final não poderia ter sido diferente, com grandes personagens do lado da Shopify Rebellion, a MD5 teve todos os mapas escolhidos disputados. Da Haven até Ascent, a Liquid não desistiu, mesmo atrás no início do placar, a cavalaria foi impulsionada pelos gritos da torcida e com atuações impactantes das jogadoras.

O fim da história não foi como os brasileiros queriam, com um 13 a 6, a Shopify fechou por 3 a 2 nos mapas e se consagrou campeã mundial. No quase, daiki conseguiu levar o time em sua primeira grande final do Championship e bem próxima de conquistar o troféu.

“Esse torneio foi muito importante pra gente se reconectar como time e entender como ajudar uma as outras em situações de pressão. Principalmente pela torcida, claro que por conta dos brasileiros, no começo foi um baque, muita energia e muita garra, ficamos nervosas no primeiro jogo mas depois entramos no clima e tudo desenrolou super bem”.

Bruno Alvarez/Riot Games

Apesar dos “quases”, a equipe, junto de daiki, teve uma evolução no torneio que foram frutos do ano inteiro e de tudo que a capitã viveu com Paula “bstrdd” Naguil em 2022. As duas remanescentes do elenco original, mostraram que o lugar da equipe é no topo.

Apesar de ter perdido a final contra a Shopify, o que me ajudou a superar foi que muitos fãs estavam felizes e aquilo me deixou feliz, apesar de tudo ainda é por eles e ver a esperança me dá MUITA motivação. Ainda vou ganhar o mundial e trazer ele pra casa, uma grande parte dele vai ser dos fãs e da torcida que sempre ficou com a gente.”

A atleta aprendiz de FalleN, mostrou mais uma vez, porque é uma das melhores no Brasil e, quiçá, no mundo. E com uma grande ambição, o ano de 2024 aparenta ser tão glorioso como foi 2023 para a jovem capitã.

Melhores em 2024

O futuro é incerto, mas sabemos que o cenário inclusivo está repleto de talentos. Na visão de daiki, três nomes devem aparecer na lista de As Melhores no Brasil em 2024, que são: jubs, natyzinha e luiza. A atleta definiu que, “pra mim são grandes nomes e que ainda podem surpreender muito.”

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